segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Eu, minha filha e vários insetos

Domingo desenhamos no parque rodeadas de insetos e plantas. Sem repelente, entre tapas e riscos acabamos desenhando uma a outra;







Valeu a brincadeira.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Peregrinação, fé, pobreza e comércio

Ainda sem postar os desenhos feitos na viagem de junho, hoje coloco estes feitos semana passada.

No dia 15 de agosto é comemorado o dia de N.Sra da Abadia da Água Suja, no município de Romaria no interior de Minas Gerais.



Água Suja, hoje Romaria, começou sua existência como povoado, no tempo da guerra do Paraguai, quando alguns garimpeiros, vindos de Estrela do Sul, descobriram aí ricas jazidas de diamante. Em 1867 foi descoberto o primeiro e daí por diante, o córrego “Água Suja”, que se desemboca no rio Bagagem, tornou-se célebre, emprestando seu nome à povoação que logo foi surgindo com os diamantes.

Este ano fui ver como era esta festa. Os peregrinos enfrentam kilometros em um clima agressivo. As variações térmicas de mais de 20 C° e umidade de ar de 16%, caracterizam um clima desértico.


                          
Povoado pequeno e pobre, Romaria se transforma em um mercado ao ar livre onde objetos de fé e devoção  se misturam a comida e objetos de toda espécie.
As calçadas, em frente às casas, são alugadas pelos moradores para as barracas cobertas com plástico.
Sob um sol escaldante, a temperatura na região sobe ao impraticável e andar nas ruas é difícil. A multidão quase impede de se chegar na praça da igreja. Uma enorme fila roda quarteirões até se entrar na igreja.




Milhares de pessoas chegam a pé, de bicicleta ou a cavalo.
Mancando, suados e desidratados apesar das improvisadas barracas de apoio instaladas nas estradas.
No estrada, junto aos romeiros que descansavam, desenhei este "banheiro quìmico" em umas destas barracas de apoio. Foi colocado ao lado de uma plantação de bananas . Sem a indicação de masculino ou feminino, o equipamento insinua a divisão de gêneros com as cores convencionais rosa e azul.


Comprei um simbólico chaveiro em uma barraca. Resumo do mix de impressões do dia .
Diante da pobreza e do calor  o chinelo de borracha é o bálsamo que os faz chegar mais perto da sua fé. O chinelo de borracha, único e singelo calçado suportável em um clima tão quente, com a imagem da santa impressa no solado. Um chaveiro que, sabe-se lá, guarde e me revele a chave este segredo que se chama fé. 


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