sábado, 30 de outubro de 2010

Manaus_Ariaú

Entre os vários hotéis de selva o Ariaú (http://www.ariau.tur.br/) é o mais conhecido e fiz alguns desenhos lá sob uma sensação térmica de uns 50 graus e uma seca esquisita.


Chegar ao Ariaú Amazon Towers (Ariaú -o nome do rio- com Amazon Towers) foi um sufoco. Com a seca o barco só pode chegar até um certo local. Então os passageiros passam para uma pequena lancha, que para mais ou menos neste ponto marcado nesta montagem. Aí a profundidade não passa de 50 cm.

Depois é com você mesmo.
Não sei a distância a subir para se chegar no hotel mas é grande!
Haja perna naquele calorão!
Ao chegar a surpresa dos animais, da arquitetura (metabolista ?)  sobre passarelas dá uma sensação de otima. Saber que não está interferindo tanto na floresta,
Enquanto desenhava minha netinha dormindo na rede dezenas de micos chegaram. Donos do pedaço andavam por cima de tudo e todos mexendo nas bolsas em busca de comida. O que está em cima das mesas é revirado e bebem de água á cerveja.

 



segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Impression: soleil levant em Manaus


Já dizia Claude Monet que “Paisagem não é senão uma impressão de curta duração” batizando então o impressionismo certo?
Pois é ele; estava em 1872 no porto de Le Havre olhando da sua  janela, o sol na neblina...

"Euzinha" aqui ,138 anos depois entrei na mesma onda que ele quando ao acordar (sempre muito cedo ) me deslumbrei com a misteriosa névoa da mata na Amazônia.
                                                                      Impressionante.

No silêncio, a névoa vai invadindo toda atmosfera e não há como não ficar maravilhada com ela.
Nem de longe pensei desenhar, rapidamente peguei o celular e fiz as fotos para poder apreciar o ar e respirar profundamente.

Isto aconteceu ano passado.

Este ano fiz uma foto do mesmo local e havia um estacionamento no meio da mata!!


Mas a natureza é pródiga e todo dia nos oferece este espetáculo no céu da Amazônia.




Impression: soleil levant Claude Monet 1872



domingo, 24 de outubro de 2010

Amazonas _Manaus

A primeira vez que fui ao Amazonas lembro-me nitidamente de ler na fachada de uma loja abandonada no porto de Manaus:
“Filho da floresta, a água e a madeira viajam nos meus olhos desde a infância
Vai no meu peito o barco da esperança e o amor pelo Amazonas, a pátria das águas.”
                                                                                                                      Thiago de Mello

Meus olhos marejados se uniram a pátria das águas para sempre através da poesia e não fosse este blog sobre desenho certamente colocaria com maior prazer o trabalho deste poeta que tanto me emocina.
Desta vez achei que desta vez iria em Alter do Chão,  Mamirauá ou Boa Vista mas para variar não deu.
Quem sabe da próxima...

Se em Salvador a praça Castro Alves é do povo, em Manaus o largo de São Sebastião também.
Apesar dos modernos shoppings, a praça a noite está sempre cheia, com apresentações do Tacacá  na Bossa, tocando em frente ao teatro Municipal, além de mágico, pipoqueiro, crianças, missa etc...
Dá um pique acolhedor de cidade de interior antiga.
Este lindo quiosque de tacacá fica na praça ao lado do teatro.




O entardecer estava perfeito e para completar só faltava uma apresentação de chorinho do grupo Jacobiando!


Este tronco de arvore seca a primeira vista me lembrou Krajcberg mas ao desenhar não parece o dedo do ET?

Este croqui foi feito na praia da Ponta Negra. A extensão de areia está muito grande já que a seca está forte e o Rio Negro abaixou muito seu nível. Lindas pedras e arvores com enormes raizes que ficam submersas aparecem nesta época do ano, Ao fundo está a ponte sobrte o Rio Negro que unirá o lado direto ao lado esquerdo ( ou será o esquerdo ao direito?) e tem 4 Km de extensão.

“Filho da floresta,
                                                                                        água e a madeira
vão na luz dos meus olhos
e explicam este jeito meu de amar as estrelas
e de carregar nos ombros a esperança.”

E com Thiago de Mello novamente encerro este primeiro post de Manaus

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Porto Alegre

Cheers!
Só quem é gaucho ou morou no sul sabe que este desenho é mesmo uma montagem porque ao se beber o chimarrão não se brinda com a cuia. Na verdade todo mundo bebe na mesma cuia!

Segundo mandamento dos Dez mandamentos do chimarrão

NÃO DIGAS QUE O CHIMARRÃO É ANTI-HIGIÊNICO
Tu podes achar que é anti-higiênico por a boca onde todo mundo põe. Claro que é. Só que tu não tens o direito de proferir tamanha blasfêmia em se tratando de chimarrão.
Se as palavras trazem uma energia consigo, nascer em Porto Alegre já traz bons fluidos!
Não digo isto só por ser minha cidade natal.
Entre “idas e vindas” realmente morei só 6 anos de minha vida lá .
Agora, depois de décadas, voltei.
Fui resgatada enquanto gaúcha pelo afeto de queridas e especiais amigas de infância para as quais o tempo não faz parte da cronologia, mas da eternidade.


Na manhã de domingo para desenhar no Parcão e imediações.

Fiquei feliz por ver que casas antigas ainda estão preservadas, com calçamento de ladrilhos hidráulicos originais, muros revestidos de hera e portões displicentemente abertos.
Convivem com inúmeros condomínios horizontais.

                                Divertido foi ver a gauchada aproveitando de verdade o parque.



Correndo, andando e sempre ... tomando chimarrão. Sozinhos ou acompanhados - por amigos , família ou cachorro- a mãozinha sempre se aquecia com o chimarrão.




O parágrafo abaixo fartamente divulgado no Google é a mais pura expressão da verdade.

Podemos dizer, que o chimarrão é a inspiração do aconchego, é o espírito democrático, é o costume que, de mão – em - mão, mantém acesa a chama da tradição e do afeto, que habita os ranchos, os galpões dos mais longínquos rincões do pago do sul, chegando a ser o maior veículo de comunicação.





quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Proteína grátis

Acredito que nada é mais gratificante para um desenhista do que sair a campo, em um local ou situação inusitado, sem expectativa, sem hora de parar e enfim desenhar o que desejar.


Sem nenhum compromisso de fazer nada acabado, bem feito, “bonitinho” e convencional.

Foi assim, em uma manhã de domingo - no parque Sabiá, aquele de uma postagem em agosto- absolutamente tórrida e claridade absurda, que saí com um monte de folhas de papel colorido e lápis de cor.

Fiz inúmeros croquis, bem rápidos, explorando a luz no positivo e negativo.

A tonalidade do papel foi para evitar o ofuscamento da visão e o acorde que puxou o acompanhamento de algumas cores.

Coloco alguns aqui.

Neste dia foi liberada a pesca no lago do para a população. Eram inúmeras pessoas, sozinhas, em grupo, famílias inteiras que estavam pescando por lazer, mas na realidade queiram era o seu almoço de domingo.
Até o horário que fiquei á beira do lago, quem levou vantagem foram os peixes porque pouquíssimos pescaram alguma coisa.


E antes de ver os animais se debatendo e sufocando - diga-se de passagem, me dá uma grande agonia- voltei meu olhar para as bandas de musica que se apresentavam no local, a municipal e a do exército.


Da próxima vez vou explorar mais os músicos que ao tocarem os instrumentos se colocam em uma posição semi estática ideal para fazer croquis.